segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Opinião - Sabedoria popular - José Aparecido Miguel

Morungaba elegeu Luvaldo Flaibam e Beto Zem, prefeito e vice-prefeito, como aqueles que podem melhor representar nossa estância climática. Os dois, honrados pelo voto popular, têm muita responsabilidade pela frente para manter e ampliar o desenvolvimento de Morungaba.

Candidatos eleitos - Prefeito, Vice e Vereadores - todos os democratas devemos nos submeter ao resultado das urnas e, comemorações de vitoriosos à parte, contribuir para que a futura administração tenha muito sucesso. Devemos respeitar a vontade da maioria, que sabe votar, sim, como escrevi recentemente. Gente, repito, que sabe o que interessa à sua rua, ao seu bairro, à sua cidade, Estado e País.
Sobre isso, eu me reporto a um artigo recente do colunista Contardo Calligaris, na Folha de S. Paulo, para destacar “a misteriosa sabedoria das multidões, que não é o único argumento a favor da prática democrática”. Ele lembra que acaba de sair um livro divertido, perfeito para uma época de eleições, "The Wisdom of Crowds" (a sabedoria das multidões), de James Surowiecki. “O livro é uma mina de exemplos (...)”, cita.

Tem até quem se apresenta como muito inteligente, que acha que a população é desinformada. Mentira. É informada sim, sabe escolher sim, dentro do universo possível, de acordo com sua realidade. Qualidade, sabemos, é aquilo que atende a nossa necessidade aqui e agora.

O livro de James Surowiecki relata experiências que funcionam mais ou menos assim: reúne-se um grupo de sujeitos com grandes competências específicas para a solução de um problema. Para resolver o mesmo problema, reúne-se outro grupo de sujeitos com competências menores e muito menos específicas. Comparam-se os resultados. Misteriosamente, os resultados do segundo grupo (menos homogêneo e menos competente) são parecidos com os do primeiro (ou, então, são melhores). O fato é que a diversidade dos sujeitos que compõem o segundo grupo parece valer tanto quanto a competência dos especialistas, se não mais. Os chutes e os palpites dos desinformados competem com as decisões argumentadas dos "experts".
Portanto, voto do conjunto da população – pobres ou ricos, mais ou menos letrados, todos nós - é sábio.

O voto da maioria elegeu Luvaldo e Beto Zem. Vencedores, espera-se deles, agora, uma transição política elevada, que privilegie os interesses de toda a sociedade de Morungaba, partidários dos eleitos ou adversários. Torço para que formem uma equipe competente, que traduza a vontade dos seus eleitores.
Sem rabo preso, destaco que a prefeita Maria Cecília Pretti Rossi, que deixará o cargo, deve ser reconhecida pelo conhecido trabalho que já fez por Morungaba. Ao dar atenção a uma sugestão minha, a implantação em curso de uma Infovia Municipal, ela o fez pelo município, não por mim. Por isso, eu lhe sou grato.

Outro ponto: como cidadão morungabense, estarei constantemente à disposição dos interesses de nossa comunidade, que não se concretizam somente por ações da Prefeitura e da Câmara Municipal, mas pela contribuição e participação de cada um e de todos nós. A democracia também se faz assim.

Parabéns Luvaldo, parabéns Beto Zem. Felicidades para vocês e para Morungaba.


O Morungaba, 3 de outubro de 2004 - Publicado igualmente no jornal "Acontece! em Morungaba!

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