Por favor, usem bem o dinheiro para tirar o Brasil da pobreza geral.
PESQUISA da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que o nosso País está entre os três países latino-americanos que menos investem em saúde pública. No ranking da OMS, o país só vence Paraguai e República Dominicana. Para se ter uma idéia, o governo argentino gastou três vezes mais que o brasileiro, escreve o jornal Correio Braziliense.
A NOSSA POLÍTICA EXTERNA tornou-se positivamente mais dinâmica e internamente assistimos o PT expulsando uma senadora e deputados, tidos como radicais por defender posições históricas do próprio partido. É a velha história: falar, criticar é fácil; fazer bem é diferente. Lula, num ano difícil, sofreu poucos arranhões em sua imagem, talvez abusando de seu carisma. Uma das últimas dele, em jantar do partido: "O Zé Dirceu, às vezes, chega de terno no Congresso e volta só de cueca". Mas uma pesquisa do Ibope pede atenção: a popularidade do governo Lula se estabilizou: 43% dos entrevistados o consideram regular e 41% ótimo ou bom. O índice de aprovação do primeiro ano de Lula foi de 41%, perto dos 43% do primeiro ano do primeiro mandato de Fernando Henrique. É o que chamam de empate técnico nas estatísticas.
LULA, no dizer do sociólogo Francisco de Oliveira, que deixou o PT, tem o papel de ser a liderança carismática responsável pelo governo, posto que ela projeta uma sombra de proteção e encantamento sobre os processos reais. A linguagem é simbólica, mas eu repito o alerta deste importante intelectual brasileiro: "Quando a própria liderança carismática não tem consciência desse papel que lhe é imanente, então a política como atividade dos cidadãos corre um sério risco, pois o mito anula a política. Aos cidadãos cabe recuperar o sentido da política e o primeiro e essencial passo é desmistificar o mito".
EM POLÍTICA, acredito, como em quase tudo na vida, o que vale é a ação coletiva. 2003 é uma página virada. O Brasil precisa de desenvolvimento e uma ferramenta essencial é a educação, a informação que nos faz entender, manter e mudar nossa vida, nossa realidade. Morungaba merece destaque quando a Prefeitura cuida da implantação de duas novas escolas (Parque das Estâncias e Vila Mariana), quando se empenha politicamente pela realização de uma Infovia Municipal – essa minha menina dos olhos – ou investe em turismo e na infra-estrutura de um Distrito Industrial, ambos geradores de emprego.
(Bem, prefiro não falar em guerra, em George W. Bush, Saddam Hussein, etc. É preciso refletir se os homens se matam pelo bem coletivo ou para atender suas ambições pessoais, políticas e partidárias.)
SOMENTE COM DETERMINAÇÃO, suor, criatividade, dedicação e trabalho poderemos avançar na vida e no País. Sou partidário do otimismo, da boa vontade, da solidariedade, do fazer bem. Não adianta chorar o leite derramado. Importa o que farei no próximo minuto, que contribuição darei a mim mesmo, à minha família e à sociedade. Muita paz, muita saúde, felicidade para todos os que me lêem. Amanhã vai ser outro dia, já cantou o poeta Chico Buarque. Foi um ano difícil para todos nós e a promessa, claro, é de que 2004 será melhor. Boa sorte. Fiquem com Deus.
O Morungaba, 20 de dezembro de 2003 – Publicado também no jornal “Acontece! em Morungaba”.
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