Opinião - Multas de radar, que prejudicam Morungaba, foram reduzidas - José Aparecido Miguel - Agosto de 2006

Criticada por potenciais turistas que reclamam do excesso de radares na via que corta a cidade, a administração do prefeito de Morungaba, Luvaldo Flaibam, terá que conviver, agora, com a queda de receita das multas aplicadas por meio dos equipamentos. As críticas à cidade – que tem sua já rarefeita imagem prejudicada – vão continuar, sem qualquer reação local positiva, embora o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva tenha mudado o Código Nacional de Trânsito e reduzido o valor das multas por excesso de velocidade. Agora, quem for flagrado dirigindo até 20% além do permitido terá cometido falta média e vai pagar R$ 85,13. A infração só será considerada gravíssima para quem ultrapassar em mais de 50% o limite - antes era 20%, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

CINCO RADARES

Morungaba têm, em menos de dois quilômetros, entre os de números 103 e 106, da Rodovia das Estâncias, cinco radares. É parte do trecho do que é uma avenida urbana, a Araújo Campos. A atual administração da Prefeitura colocou o quinto radar este ano, quando pelo menos um dos quatro anteriores já tinha uso discutível, revelando-se uma “pegadinha” contra incautos e desavisados, que são os potenciais turistas que a cidade deveria atrair.

É compreensível a existência de três deles, um junto a uma escola, outro na entrada urbana da cidade, antes do conhecido Art Café, e o terceiro à saída, no trecho que passa ao lado do Mercado Municipal “Eleutério Miguel”, na pista interna, que está até hoje sem uso. Prefeito, secretário de Turismo, vereadores deveriam, em fins de semana especialmente, sentar numa cadeira nas proximidades do último radar, sentido Morungaba-Amparo, na altura do quilômetro 106. É possível notar exclamações de motoristas, ofensivas à cidade. O orçamento municipal de Morungaba dispensa os exageros de radares. O tema leva à pergunta: o que a atual administração vem fazendo com sua arrecadação?


Agosto de 2006.